A faxina

Nada melhor que uma boa faxina para começar o ano. Faxina nos armários, nas gavetas, no quartinho de bagunça, na cozinha, no azulejo do banheiro, na bolsa, na carteira, no computador, na prateleira do escritório, são tantas faxinas que mesmo começando o ano falta tempo para finalizar.

Entre as bagunças, encontramos sempre um livro que não finalizamos a leitura ou que ainda está por ler, uma roupa com aquele cheirinho de guardado pedindo para ser vestida e que vão direto para a máquina de lavar, um cartão recebido de uma amiga, fotos que recordam os bons momentos.

A pergunta que sempre aparece durante a faxina é: Porque juntamos tantas coisas? Ou o que farão com tudo isso quando eu morrer?

Faxina é muito bom, sempre ouvimos dizer de alguém que vive com a “mente suja”, ou que é “podre”. Começar o ano limpando a vida, desocupando as gavetas do coração, lustrando os pensamentos, é abrir-se para a felicidade, dar-se a oportunidade de viver uma nova experiência.

Que seja como uma bruxa voando com a  vassoura, fazendo a faxina de Drummond de Andrade: " jogue tudo fora, mas principalmente, esvazie seu coração. Fique pronto para a vida.”
Viná Moraes