7 de dezembro de 2010

NASCIMENTO

O espetáculo




A casa está cheia, o espetáculo vai começar

Abrem-se as cortinas, um calafrio corre todo corpo

Aplausos, muitos aplausos

Uma lágrima teima em rolar o rosto

E então escorre molhando as bochechas

É agora, vou entrar no palco

Uma forte luz branca acende sobre mim

Um nó na garganta impede que minha voz saia

Fico emudecida, em choque por uns instantes

Até que consigo concentrar

Então começo o grande espetáculo

Meu grito forte ecoa ao longe

Em seguida acolhem-me em um manto macio e quente

E recebo como prêmio os braços de minha mãe

Ela ainda mais emocionada acaricia-me delicadamente

E com palavras doces diz:

Te amo!

Apresento-lhe a vida onde você é o protagonista

Seja bem vindo!


Viná G S de Moraes 13-07-2010

4 de dezembro de 2010

Consciência Negra




NEGRO É RAIZ


Pesquisadores afirmam que a humanidade tem sua origem na África. Recentemente um estudo realizado pela Universidade da Pensilvânia, concluiu que o homem moderno surgiu numa região que hoje se situa na fronteira entre a Angola e a Namíbia, no sudoeste do continente africano. As descobertas sobre este assunto no campo das pesquisas científicas são freqüentes. Ora ampliando os debates entorno da ascendência da humanidade, ora afirmando que nossas raízes são negras.

Desta forte raiz de aproximadamente 200.000 anos cresceu a imensa árvore genealógica da humanidade, compondo uma diversidade de raças e etnias.  As marcas da cultura africana estão tatuadas no cotidiano de grande parte dos povos espalhados por todo o planeta.

Observamos que já ha alguns anos, encontros e fóruns mundiais promoveram acaloradas discussões sobre a seguinte questão: “o correto termo para retratar os povos de origem africana”.

Em outros países de língua portuguesa/africana o termo negro é visto como pejorativo pois designa "descendente de escravos". Sendo assim, há uma preferência pela palavra preto, situação que no Brasil se inverte pois, negro assume hoje um sentido político mais amplo, ou seja, afro-descendente.

Este tornou-se o termo oficial na redação da ONU desde a Conferência de Durban, afro-descendente é praticamente a mesma palavra seja em português, espanhol, inglês ou francês, portanto é "pan-africana".
Históricamente, o solo brasileiro africanizou-se pela diáspora ( migrações pré-históricas que povoaram o planeta ). Há dez anos, o médico e artista plástico Richard Neave, da Universidade de Manchester, especializado em reconstituição facial, mostrou ao mundo o rosto de Luzia, o fóssil mais antigo de uma brasileira, com traços negróides e aproximadamente     11 500 anos. 
No início do século XV, período de colonização, a africanização brasileira teve o seu ápice, mais de quatro milhões de homens e mulheres escravizados oriundos de diferentes regiões da África, cruzaram o oceano Atlântico nos porões de diversos navios negreiros. Hoje nosso país constitui a segunda maior população afro-descendente do mundo, com cerca de 80 milhões de indivíduos, sendo superado apenas pela Nigéria.
Atualmente o campo de discussão dos direitos civis ampliou significativamente, o que iniciou especialmente a partir dos anos de contestação do século XX. O fato é que a História não pode ser brecada e parece que uma boa parte da humanidade permanece adversa aos seus ensinamentos.

Embora as pessoas não admitam que exista preconceito racial, notamos que o mesmo é fato normal em nosso cotidiano. No decorrer de décadas é possível registrar a grande dificuldade que o negro enfrenta para ocupar um lugar de destaque na sociedade. Várias pesquisas apontam que o negro, não tem grandes oportunidades de estudo, consequentemente, alcançar um bom emprego é estatisticamente mais difícil, quem dirá se adentrarmos na caótica situação carcerária brasileira, onde os fatos falam por si.

Não nos tornamos mais cidadãos por chamar os negros de afro-descendentes, nem somos mais participativos porque modelamos nossos discursos a um padrão que consideramos ser mais progressista. Somos mais cidadãos quando agimos buscando uma consciência política maior, quando saímos de um estado de intransigência para um estado de interação com o outro. Não basta sabermos que existe a negritude, precisamos nos solidarizar e nos integrar sem qualquer reserva mental. Criar mecanismos em que afro-descendentes possam galgar um futuro promissor, sonhando, planejando e construindo uma realidade de merecidas realizações pessoais e profissionais.



Viná Garcia Silveira de Moraes
(Professora e Historiadora)

25 de junho de 2010

Arraiá da Copa Escola HC

A festa foi realizada com o objetivo de manter a tradição das festas juninas, a valorização do folclore e da cultura regional e integrar a escola à comunidade. Esta iniciativa contribui para um dia-a-dia participativo, produtivo, democrático, animado e saudável na escola, e que os eventos da escola sempre são positivos porque trabalham em equipe, “Sonho que se sonha só é só um sonho que se sonha. Mas sonho que se sonha junto é realidade”. ( Raul Seixas )







23 de maio de 2010

Pré-História no Brasil

Encontrado fóssil do ancestral dos dinossauros no RS

O tecodonte era a criatura mais temida a pisar na superfície do planeta, 180 milhões de anos antes do Tiranossauro Rex.

Bichos com bocarras de mais de um metro e gigantes que faziam o chão tremer quando caminhavam – todos eles andavam pelo Brasil. Novos achados no Sul do país revelam o berço dos dinossauros e onde também surgiram os primeiros mamíferos.

Um vale, no centro do Rio Grande do Sul, é uma janela para o passado. Ao longo da estrada conhecida como a Paleorrota estão descobertas fundamentais para se entender como era a vida na terra há mais de 200 milhões de anos.

A mais recente foi manchete ao redor do mundo nesta semana: o fóssil de um tecodonte, criatura ainda mais antiga dos que os dinossauros. Um animal tão bem conservado só é encontrado a cada cem anos. O que faz desse fóssil, um fóssil tão interessante, tão diferente?

“Esse animal foi soterrado por uma enchente alguns dias depois de sua morte. Foi esse evento de soterramento rápido que permitiu que ele fizesse essa viagem de 238 milhões de anos em perfeito estado de conservação. Temos os ossos da pata todos. Isso é um achado raro”, explica o paleontólogo Sérgio Cabreira, da Universidade Luterana do Brasil.

O tecodonte era o topo da cadeia alimentar. A criatura mais temida a pisar na superfície do planeta, 180 milhões de anos antes do Tiranossauro Rex. Mas não é só essa incrível viagem no tempo que faz das descobertas no Sul do Brasil tão importantes. É que esses fósseis encontrados estão revelando um elo de transição entre os répteis e os mamíferos. O primeiro passo de um incrível processo de evolução que levou até a criação da espécie humana.

Ciência e arte se unem para reproduzir esse bicho incrível. É como um jacaré que tem as patas sob o corpo. Ele tem de seis a oito metros de comprimento e quase uma tonelada de peso. Era ágil e forte, com uma mordida implacável.

“O dente tinha aproximadamente uns seis ou oito centímetros de comprimento. A mordida dele era muito poderosa. Ele tinha os dentes em forma de punhal e são todos serrilhados na borda. Tem uma microsserrilha na borda. Essa serrilha permitia que os dentes penetrassem, inclusive, no tecido ósseo das presas”, aponta o paleontólogo Sérgio Cabreira.

Em janeiro, uma enchente levou uma ponte matando seis pessoas. Mas a enxurrada que provocou a tragédia também lavou os sedimentos do terreno no município de Dona Francisca, onde já tinham sido encontrados outros fósseis. Percorrendo as ravinas com olhos atentos, o paleontólogo Sérgio Cabreira viu o que foi revelado pelas águas.

“Uma pequena parte estava exposta. A partir daí, começamos a escavar, fomos escavando...”, conta o paleontólogo. Foram descobrindo o esqueleto inteiro, que foi protegido com gesso para ser levado para o laboratório. Uma rápida exploração mostra como o lugar é cheio de tesouros.

“Isso é um fragmento de uma costela. Isso aqui pertenceu a um vertebrado que viveu aqui há 238 milhões de anos. É um pedaço da vida no tempo que transitou até nós”, diz.

“Em outro material, pela forma, nós identificamos como um escudo dérmico”, aponta Cabreira. Ele se refere a uma espécie de blindagem na coluna vertebral, uma proteção contra as mordidas dos inimigos. Logo se confirma: era de um tecodonte.

Mais adiante, há outros ossos, ainda maiores. A fartura de fósseis é porque lá ficava um lago, um oásis. Há 250 milhões de anos a Terra tinha apenas um megacontinente: Pangea. No centro dele, onde hoje é o Brasil, havia um enorme deserto, maior do que qualquer outro que jamais existiu.

Quando os continentes começaram a se separar, o clima mudou drasticamente. O Sul do Brasil se tornou o local mais propício para a vida animal. Há 238 milhões de anos, no período Triássico, os tecodontes dominavam essa região. Eles se alimentavam dos rebanhos de herbívoros.

No Cretáceo, os dinossauros se espalharam por todo o território que veio a se tornar o Brasil. O chão literalmente tremia quando maior de todos eles passava. O titanossauro tinha mais de 14 metros de comprimento. O mais temido carnívoro da época era o espinossauro. Mas no ar, quem mandava eram os répteis voadores: os belos pterossauros.

Depois do Triássico tudo foi coberto por uma grande camada de rocha vulcânica. Mas no vale, um imenso rio ancestral erodiu a rocha abrindo essa janela do tempo. Os troncos petrificados são a prova da floresta que viu surgir o dinossauro mais antigo do mundo.

“O Estauricossauro price é um dinossauro brasileiro. É o pai de todos os outros dinossauros”, explica Sérgio Alex Azevedo, paleontólogo do Museu Nacional.

O nome quer dizer “Cruzeiro do Sul”. Ele era pequeno, do tamanho de um cachorro. Sua presa preferida era o rincossauro, que se alimentava só de plantas e era comum na região, assim como o dicinodonte.

Num sítio em Agudo, a poucos quilômetros do outro, foi encontrada uma raridade: o fóssil de um adulto, com nove filhotes – todos preservados provavelmente pelo deslizamento de terra que os matou.

São vários os locais na região nos quais as rochas do período Triássico afloram. Cada local tem características diferentes, tanto da formação geológica quanto do tipo de fósseis encontrados. Em um deles, por exemplo, predominam os fósseis de cinodonte, que quer dizer “Dente de cão”. É justamente este vertebrado que já trazia características depois encontradas nos mamíferos.

Os cinodontes tinham o cérebro bem maior do que os animais do mesmo porte na época. Os cientistas acreditam que eles já eram animais de sangue quente, mas ainda botavam ovos.

No Museu Nacional, no Rio de Janeiro, cada descoberta é recebida com entusiasmo. Lá está sendo erguida uma réplica de um titanossauro.

“Fósseis maravilhosos com muita informação têm sido descobertos ao longo dos últimos dez anos. Isso nos leva a crer que se as pesquisas forem intensificadas, cada vez maior vai ser o número de achados”, acredita o diretor do Museu Nacional, Sérgio Alex Azevedo.

Os gauchinhos brincam em meio às escavações e mostram que o fascínio pelos dinossauros motiva a pesquisa. “Eu vou ser paleontólogo”, diz um menino.

O Brasil vai precisar desses talentos e de muito investimento para revelar o que abrigou na pré-história.

27 de março de 2010

TENHO TUDO

A felicidade bate a minha janela todos os dias pela manhã;
Não sofro de solidão, divido minha vida com companheiros que me cercam de carinho;
A paz habita em meu coração;
A serenidade me sorri todos os dias;
A sabedoria sopra em meus ouvidos suaves melodias;
E o que me resta e o conforto de ser imensamente grata a Deus por tudo isso.

Viná Garcia Silveira de Moraes
27-02-2010

15 de fevereiro de 2010

Vida, uma reflexão.



Sentimos a vida quando fechamos os olhos e respiramos bem fundo,
Quando ouvimos a batida do coração e todos os outros sons produzidos pelo nosso corpo ao exercer as funções necessárias para nos manter vivos.
Sentimos a vida quando paramos para sentir e entender o que o nosso coração está pedindo.
Sentimos a vida quando uma brisa toca o nosso corpo, quando mergulhamos no mar, quando tocamos a terra, quando nos aquecemos em frente uma lareira ou uma simples fogueira no quintal.
Sentimos a vida quando estamos felizes festejando com a família, com os amigos ou mesmo sozinhos. Quando sentimos dor física ou emocional, quando estamos ansiosos por um acontecimento importante, estes acontecimentos que a vida nos trás.
Sentimos a vida com o passar dos anos ao observar as mudanças que com o tempo vão surgindo.
Sentimos a vida ao ver uma criança nascer e também ao ver um idoso morrer.
Sentimos a vida quando os diversos aromas afloram nosso olfato, quando estamos amando e sendo amados.
A vida que vivemos, a vida que os outros vivem, a vida que sonhamos, a vida que admiramos, a vida que repugnamos, a vida que se foi, a vida que acabou de chegar.
A vida que acaba aqui e continua em um outro lugar.

Viná Garcia Silveira de Moraes
18-01-2010

4 de fevereiro de 2010

Uma trilha verde-amarela

Uma trilha verde-amarela

Alguns podem dizer que é audácia pura de minha parte, mas quem já viveu alguma experiência que vou colocar aqui vai concordar comigo, e quem não viveu aposto que vou apimentar uma vontade de seguir as dicas.
Apresento um roteiro que quero chamar de trilha, a trilha dos lugares brasileiros que deixam em minha memória lembranças inesquecíveis.
Então vamos à trilha que está em ordem decrescente, composta de 10 fantásticos pedaços do Brasil.

Viagem comigo nesta trilha...

10º - Passeio de barco pelo mangue nas lhas Caieiras:
As Ilhas Caieiras fica situada em Vitória ES, é o poit da moqueca capixaba, lugar onde tudo começou. Restaurantes simples, povo simples, e o tempero da moqueca que só o capixaba tem. Entre vários restaurantes caseiros podemos admirar a paisagem do mangue e ainda fazer o passeio de barco que é uma delícia...

9º - A vista da Terceira Ponte na direção Vila Velha-Vitória durante a noite:
Com a capital toda iluminada, o Convento da Penha, o céu estrelado, é magnífico e um orgulho para nós espírito-santenses, um lindo cartão postal de nosso Estado.


8º- Meaípe em Guarapari (ES):
Estar em Meaípe curtindo a praia que é uma delícia e experimentar o bolinho de aipim da Tia Zezé, se é que podemos chamar de bolinho o bolo de aipim que é feito por lá, com os mais variados recheios que tornam esta uma refeição muito saborosa, e à noite reserve um espaço para saborear ainda a moqueca do Cantinho do Curuca, também não deixe de ir conhecer o movimento da cozinha do restaurante quando os fogões estiverem fervendo as moquecas, é um show de culinária.

7º- O pôr-do-sol no mirante do Pontal do Atalaia Arraial do Cabo (RJ):
A beleza expressiva da natureza é tão fascinante que faz este um momento de agradecer divinamente pelo grande espetáculo ofertado pelo nosso Pai do Céu, Arraial do Cabo possui praias lindas , no passeio a Gruta Azul descobrimos um mar tão azul que confunde com o céu e o pôr do sol no Pontal do Atalaia é imperdível.

6º- Iúna acordando numa manhã de inverno com suas serras cobertas pela cerração baixa:
Começar o dia apreciando as belas paisagens de minha terra querida e degustar o nosso delicioso café que compõem tanto a paisagem nos lindos cafezais, quanto à mesa dos iunenses e dos visitantes de nossa cidade, quem não conhece Iúna e seus encantos há de conhecer...


 5º-Passeio de trem de Curitiba (Paraná) para Morretes:
Parece que estamos sendo abraçados pela grande Serra do Mar, paisagens deslumbrantes.
Uma das mais famosas e belas viagens de trem do Brasil, em uma ferrovia que é considerada uma obra prima da engenharia, com muitas pontes, túneis e viadutos que vão passando pelo meio da mata atlântica num dos locais onde ela esta mais preservada no país. O ponto alto do passeio é quando o trem passa pela Ponte São João, com cerca de 55 metros de altura onde ao lado esquerdo se tem uma vista sensacional.

4º- As cidades Históricas de Minas Gerais:
Ouro Preto, Mariana, Tiradentes, Diamantina, fazem parte do circuito histórico mineiro. Nas cidades temos o prazer de ouvir e admirar a história da mineração, visitar as minas, as igrejas, a arquitetura e a arte barroca, degustar os pratos típicos, apreciar o artesanato de madeira, cobre, fibra de bananeira e o mineirinho contando causos sem fim. 



3º-Visita ao Museu Imperial em Petrópolis e o Museu do Ipiranga em São Paulo:
Como historiadora não poderia deixar de incluir estes dois museus que retratam parte da História do Brasil, sendo que um museu complementa o outro. Brasileiros, vale a pena conferir este acervo histórico, um passeio onde entramos em um túnel do tempo e vivenciamos o Primeiro e o Segundo Reinado do Brasil.

2º – Serra Gaúcha:
O passeio de trem passando por Carlos Barbosa, Garibaldi até Bento Gonçalves, um passeio composto pelo visual das vinícolas e belas paisagens das Serras Gaúchas, muita música gaúcha, um grupo de teatro anima os passageiros no trem, em todas as estações ainda podemos tomar vinhos, suco de uva e espumantes à vontade, uma grande festa gaúcha; a Cascata do Caracol em Canela, a Rua Coberta e o Lago Negro em Gramado...

1º - Morro de São Paulo (BA):
Este está em primeiro lugar da minha lista. O prazer de conhecer Morro de São Paulo é inesquecível, uma linda ilha da Bahia com quatro praias e muitos encantos. Ainda neste passeio podemos conhecer Boipeba. Situado a 60 quilômetros ao sul de Salvador, Morro de São Paulo é hoje um dos mais badalados destinos tropicais do mundo. Uma das colonizações mais antigas do Brasil, junto com a ilha vizinha, Boipeba, forma uma área de preservação natural, com areias limpas, águas quentes, mata atlântica, manguezais e inúmeras praias praticamente desertas.
A Ilha de Boipeba é uma ilha semi-deserta, intocada e repleta de belezas naturais, infelizmente, ainda pouco conhecida pelos brasileiros, é paradisíaca, sol o ano inteiro, praias virgens, mar azul-turquesa com águas cristalinas, vasta biodiversidade, tranqüilidade total. Nesta ilha podemos comer lagosta preparada simplesmente em um fogãozinho de palha, um senhor pescador muito simpático serve seus pratos embaixo dos coqueiros, só indo lá para apreciar...

Da Rua do Pito aos cantos do Brasil, apreciando cada árvore, cada rosto, a praia, a serra, o mangue, a estrada de ferro, os cafezais, um bate-papo com o nativo trocando informações, a pechincha na lojinha de artesanatos, são momentos que vão escrevendo as páginas desta trilha. Conhecer o Brasil ainda é a minha melhor viagem.


VINÁ GARCIA SILVEIRA DE MORAES
( professora, historiadora)
01-02-2010
Se não sabes as palavras.

Sentada em uma confortável cadeira, pensando no que aconteceu no dia que se passou, então começa a se perguntar por que fez isso ou deixou de fazer aquilo...
Uma voz em seu íntimo responde:
Não devia ter dito, será que falei demais?
A conversa entre a realidade e a consciência continua...
Mas antes falar, as palavras quando não são ditas na hora certa ficam pesando a garganta e a consciência.
Posso falar palavras não posso?
Mas depois elas podem retornar nem sempre satisfeitas e nos aborrecer mais.
Como são complicadas as palavras ditas!
As não ditas também...
Sabes o que o outro pensa?
Não saber o que o outro pensa vai tornando difícil dizer as palavras.
Mas quando se pensa não se diz?
E quem não diz nada o que pensar?
Neste caso arriscar dizer alguma coisa pode ser demais.
Se não sabes é melhor calar e ficar com as palavras pesando a garganta e a consciência.
Sendo assim, o dito pelo não dito parou tudo.
E retorna a pensar nos acontecimentos do dia que se passou.

Viná Garcia Silveira de Moraes
19-01-2010