27 de abril de 2013

IúnaCult realiza evento unindo arte e gastronomia locais




Nesta sexta-feira (26), às 20h, o grupo IúnaCult realiza um novo evento para promoção da cultura local, o Nhoque Cultural, no Passione Restaurante, em Iúna-Irupi. O evento vai reunir gastronomia e arte, com apresentações de músicos da região, exposição de artesanato e performance artística. O prato da noite será o “Nhoque da Casa”, feito à base de mandioca ao molho bolonhesa. A iniciativa é aberta ao público.
“Este será nosso segundo evento deste ano e estamos realizando diversas outras ações para desenvolver e divulgar a arte da nossa região, que é tão rica de personagens, história e cultura, e que não pode ficar em segundo plano”, analisa a coordenadora do IúnaCult, Viná Silveira Moraes.
Durante a programação, os músicos iunenses apresentarão repertório diverso, que vão da MPB ao rock nacional e internacional dos anos 60 a 80. As artesãs da cidade vão expor peças em tricô, crochê, pintura em tecido, quadros, bonecas, peças em madeira, entre outros materiais característicos da região. A programação também conta com a participação do escritor Matusalém Dias de Moura e da escritora Aline Dias, que fará performance artística.
Sobre o IúnaCult
O grupo independente é formado por 15 integrantes das mais diversas manifestações de arte. São professores, historiadores, atores, músicos, jornalistas, fotógrafos e artistas plásticos, arquitetos e incentivadores que há pouco menos de um ano estão envolvidos no planejamento, apoio e realização de diversas ações para a promoção cultural no município.
Em março deste ano, o IúnaCult promoveu seu primeiro evento: o Choque Cultural, realizado no Espaço Café Lorena. O evento contou com a participação de mais de 100 pessoas, que puderam apreciar apresentações musicais, exposição de fotos e conferir performances de desenhistas ao vivo.
Agenda - Nhoque Cultural
Dia e horário: 26 de abril (sexta-feira), às 20h
Local: Passione Restaurante, próximo ao Lar dos Velhinhos do Caparaó, ES 185, Rodovia Mickeil Chequer, km 17, Iúna-Irupi.
Atrações: Apresentações musicais (MPB), exposição de artesanatos locais, noite de autógrafo.
Entrada gratuita

IúnaCult

IúnaCult é um grupo de artistas, professores, jornalistas, ambientalistas, e outros interessados em atuar na preservação e promoção da cultura da cidade de Iúna/ES. Somos novos e ainda estamos em fase de maturação. O grupo ainda não completou um ano de vida, e exatamente neste momento estamos dando um grande passo rumo à formalização das nossas ações.

A nossa motivação parte do reconhecimento dos talentos da arte, da pintura, do teatro, da literatura, da música, dos costumes, da história, das tradições e do folclore local, e o que queremos é que toda esta gama cultural seja reconhecida em meio a nossa população, das crianças aos adultos, abarcando também as regiões circunvizinhas, buscando a credibilidade e a visibilidade necessária a instituição da nossa identidade cultural.

Queremos também abrir uma janela ao mundo que nos cerca, para que Iúna possa ser inserida nos pensamentos, nas propostas e nos processos culturais de todo o país, e para que o Brasil também conheça um pouco dos nossos anseios, das nossas criações e do nosso desenvolvimento cultural. Acreditamos que a cultura e a identidade que dela provem não devem ser pensadas como um patrimônio a ser preservado de forma imutável, pois quem produz cultura é o povo, de forma dinâmica, onde traços se perdem e outros se adicionam, na invenção ou introdução de novos conceitos, no intercâmbio cultural e nas descobertas inovadoras.

Hoje as ações do grupo estão voltadas ao estabelecimento dos nossos objetivos, atuações e metas, Em março deste ano, o IúnaCult promoveu seu primeiro evento: o Choque Cultural, realizado no Espaço Café Lorena. O evento contou com a participação de mais de 100 pessoas, que puderam apreciar apresentações musicais,exposição de fotos e conferir performances de desenhistas ao vivo.

Até o momento, as iniciativas do IúnaCult são realizadas em espaços cedidos por empresários, que apoiam a causa. Mas o grupo, que planeja e executa seus planos de atuação, está em busca de apoios do poder público, seja ele municipal, estadual ou federal.

O grupo esteve reunido, participando da Audiência Pública no dia 17 de abril (2013) realizada em Alegre  pelo Governo do ES para discutir as prioridades de investimentos para a região do Caparaó. Como resultado da articulação do IúnaCult, entre os próprios integrantes e sua rede de relacionados na internet, conseguiu incluir a restauração da Casa da Cultura de Iúna como prioridade nesse orçamento. O espaço comemorará cem anos de construção em 2014 e merece uma comemoração à altura, com um novo espaço, seguro e atraente, para receber todas as expressões de arte iunense e seus cidadãos.

E o grupo foi além, propondo também a construção de um cine-teatro na cidade, para ser palco para apresentações de teatro, música e dança, e para exibição de filmes e documentários - local este inédito na região e que poderá atender aos municípios vizinhos, também carentes de opções de lazer e cultura. E essa proposta também foi aprovada como prioridade na Audiência pública.

Do prefeito de Iúna, Rogério Cruz o IúnaCult recebeu apoio para realização das duas obras. Agora, o grupo aguarda definições acerca dos próximos passos a serem orientados pelo governo e pela prefeitura, e principalmente, qual o interlocutor da administração local vai acompanhar de perto essas duas importantes conquistas.

São os nossos primeiros passos, mas cheios de vontade artística e cultural. Estamos ainda estabelecendo parcerias, mas acreditamos que a arte sempre encontra um caminho. Temos ciência de que o nosso trabalho precisa de público, que é a finalidade maior das nossas ações, e neste aspecto, a formação de público tanto internamente quanto externamente torna-se preponderante nesta caminhada. O grupo vislumbra um potencial enorme de atrações turísticas e culturais na região que ainda não foram exploradas, e acreditamos que este seja um ponto essencial de motivação e interesse por parte do público externo.

Este é o IúnaCult, muito prazer.


Atenciosamente
e assinando por todos,

Viná Garcia Silveira de Moraes
IúnaCult | coordenadora
vinagsm@gmail.com | 28 9886.1963

4 de abril de 2013

Restos mortais de Dom Pedro 1º são exumados para estudo na USP


Os restos mortais de Dom Pedro 1º e de suas duas mulheres, Dona Leopoldina e Dona Amélia, foram exumados para estudo de mestrado do Museu de Arqueologia e Etnologia da USP (Universidade de São Paulo), pela primeira vez em 180 anos. Os corpos saíram do Parque da Independência, junto ao Museu do Ipiranga, em São Paulo.
Com os estudos de ressonância magnética e tomografias no Hospital das Clínicas, a arqueóloga Valdirene do Carmo Ambiel pôde descobrir que o imperador tinha quatro costelas fraturadas decorrentes de quedas de cavalo, o que teria inutilizado um de seus pulmões e pode ter agravado a tuberculose que o matou, em 1834, aos 36 anos. 
Outro fato curioso e desconhecido até então é que a imperatriz Amélia de Leuchetenberg, segunda mulher de d. Pedro 1º, foi mumificada. Ela morreu em Lisboa em 1876, e seus restos mortais, trazidos à cripta do Ipiranga em 1982, conservam pele e órgãos internos intactos. Cabelos, cílios, unhas, globos oculares e órgãos como o útero estão preservados.
As causas exatas da mumificação de Amélia ainda estão sendo investigadas - isso não era comum entre a nobreza de Portugal. "Pode ter sido um ‘acidente de percurso’. Ela foi tratada para ficar conservada alguns dias, para o funeral, e isso acabou inibindo o processo de decomposição", diz Valdirene. 
Os exames no Hospital das Clínicas revelaram uma incisão na jugular da imperatriz. Por ali, foram injetados aromáticos como cânfora e mirra. Outro fator que contribuiu foi o sepultamento.
"A urna foi tão hermeticamente lacrada que não havia micro-organismos para a decomposição. É irônico que tenha acontecido justamente com Amélia, que pediu expressamente um funeral simples, no qual não se costumava preparar os mortos", explica.
No testamento de Amélia de Leuchtenberg consta o pedido de um enterro sem ostentações. O documento, porém, só foi lido após o funeral, quando a mumificação já havia sido preparada.
O primeiro imperador do Brasil foi enterrado como general português, vestido com botas de cavalaria, medalha que reproduzia a constituição de Portugal e galões com formato da coroa do país ibérico. 
As análises desmentiram um fato que era tido até agora como verdade histórica. Dona Leopoldina não tinha nenhuma fratura no fêmur, enquanto há a história de que ela teria caído ou sido derrubada por Dom Pedro de uma escada no palácio da Quinta da Boa Vista.
As informações foram publicadas no jornal O Estado de S. Paulo desta segunda-feira (18).
Do UOL, em São Paulo
18/02/2013.