23 de maio de 2011

Parque Nacional do Caparaó completa 50 anos

Viná Garcia Silveira de Moraes

Formado por cachoeiras e piscinas naturais de água cristalina, trilhas rodeadas do bioma Mata Atlântica e que podem levar a paisagens exuberantes, o Parque Nacional (Parna) do Caparaó, nesta terça-feira (24/05/2011) completa 50 anos. O Parque foi criado em maio de 1961, pelo Decreto Federal nº 50.646, assinado pelo então Presidente da República Jânio Quadros, seu nome tem origem indígena e significa Águas que Rolam das Pedras.

Situado em uma das partes mais altas do Sudeste brasileiro, entre os estados de Minas Gerais e Espírito Santo, o Parque Nacional do Caparaó fica a aproximadamente 280km de Vitória e 335km de Belo Horizonte, entre as bacias dos rios Doce, ao norte, Itapemirim, a leste, e Itabapoana, ao sul. Do lado capixaba, é contornado pelos municípios de Iúna, Alegre, Divino de São Lourenço, Dores do Rio Preto, Guaçuí, Ibatiba, Ibitirama, Irupi e Muniz Freire. E do lado mineiro pelos municípios de Alto Jequitibá, Alto Caparaó, Manhumirim e Espera Feliz.

O Parque que compõem a Serra do Caparaó compreende 31.853 hectares, sendo 70% no estado do Espírito Santo e 30% em Minas Gerais, e o terceiro pico mais alto do País o Pico da Bandeira com 2.891,98 metros de altitude(ponto mais alto da foto).





Conta-se que por volta de 1859, Dom Pedro II determinou que fosse colocada uma bandeira no pico mais alto da Serra do Caparaó. Provavelmente, o nome do Pico da Bandeira deve-se a isto.

A Serra do Caparaó ainda foi palco da "Guerrilha do Caparaó", instabilidade política ocorrida em 1964, período da Ditadura Militar vivida pelo Brasil. Em 1967 as forças armadas montaram um esquema tático para capturar ex-militares que faziam parte do grupo revolucionário e que estavam refugiados no Parque Nacional. O exército usou como base de acampamento todos os municípios vizinhos.


Na serra do Caparaó os habitantes, preocupados apenas com sua subsistência, deparam com a ditadura.

Nos anos 60, a população dessa região levava uma vida simples, baseada na agricultura de subsistência, de um lado, e nos grandes plantadores de café, de outro. Nos vales de menor altitude, crescia a pecuária de corte e leiteira.

Na política, voto de cabresto. O líder local obtinha apoio do fazendeiro, que era o “dono” dos votos de seus colonos. Assim, o legítimo proprietário do voto, muitas vezes, sequer sabia em quem depositava seu direito.


Em plena mata fechada, na divisa de Minas Gerais e Espírito Santo, homens contrários à ditadura militar decidiram iniciar um combate armado. Eles acreditavam que a iniciativa suscitaria um levante por todo o país.


Outro fato importante na história da Serra do Caparaó foi a construção da Estrada de Ferro Leopoldina (EFL), que teve início em 1871, quando o Governo Imperial concedeu privilégio para construção de uma linha férrea que, de Porto Novo do Cunha, demandasse Leopoldina, em Minas Gerais.


Para mim a foto favorita da Serra do Caparaó, vista da Serrinha em Iúna ES.

Você poderá ver mais em:

http://murucutu.blogspot.com/
http://www.portaldocaparao.com/parna.html
http://www2.uol.com.br/historiaviva/reportagens/entre_cabras_e_ratos_imprimir.html

Nenhum comentário:

Postar um comentário