Tudo
 o que acontece conosco ou ao nosso redor decorre de ações ou omissões. É
 o que podemos definir como causa e efeito. Nesse sentido, todo o efeito
 provém de uma causa, um motivo. 
Portanto, é imprescindível se 
fazer saber que o mundo não se transformou em mundo a partir do momento 
que se nasce. Anteriormente a esse fato houve um conjunto de 
acontecimentos que foram moldando o mundo, a sociedade, as pessoas, até 
que se resultasse no mundo do momento presente que, inclusive, perpetua a
 sua dinamicidade. Porém, isso não significa afirmar que a História é 
modelada linearmente como se os acontecimentos seguintes fossem 
possíveis de serem previstos ou como se sucedessem mecanicamente. 
A História segue seu percurso por meio
 de ações humanas interligadas no tempo e em cada espaço específico, ou 
seja, ela é um processo em construção paralela. Segundo Bezerra (apud. 
KARNAL. 2008, p. 43) “o passado humano não é uma agregação de ações 
separadas, mas um conjunto de comportamentos intimamente interligados, 
que têm uma razão de ser, ainda que na maioria das vezes imperceptível 
para nossos olhos”. 
Aos acontecimentos do passado 
atribuímos o termo “fato histórico”. Sendo assim, o “processo histórico”
 é constituído por vários fatos que dão vida à História. É como se 
comparássemos a Históra a uma colcha de retalhos, onde cada retalho 
(fato histórico) interligado a outro dá forma à colcha (História). 
Holien Gonçalves Bezerra destaca que:
A História, concebida como 
processo, busca aprimorar o exercício da problematização da vida social,
 como ponto de partida para a investigação produtiva e criativa, 
buscando identificar as relações sociais de grupos locais, regionais, 
nacionais e de outros povos; perceber as diferenças e semelhanças, os 
conflitos/contradições e as solidariedades, igualdades e desigualdades 
existentes nas sociedades; comparar problemáticas atuais e de outros 
momentos, posicionar-se de forma crítica no seu presente e buscar as 
relações possíveis com o passado. (Bezerra apud. KARNAL. 2008, p. 44). 
Nota-se, dessa maneira, que a 
compreensão do passado é uma atividade que beneficia o agente histórico 
que o investiga, possibilitando a este uma nova dimensão acerca da 
concepção de mundo e do ser humano, bem como é capaz de aprimorar as 
suas relações com o primeiro e o segundo de forma consciente no momento 
presente e numa perspectiva para o futuro. 
(Professor Josimar)
REFERÊNCIA: 
KARNAL, Leandro. História na Sala de Aula: conceitos, práticas e propostas. 5.ed. São Paulo: Contexto, 2008. 
 

 
 
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