13 de setembro de 2011

CAP. XI - TRÊS DESTINOS NA TOSCANA

   Desde de criança, assistindo as novelas gravadas na Itália, me apaixonei pela Toscana,  região que foi o berço do espírito renascentista, e de transformações no pensamento e na cultura dos últimos anos do período medieval. 
    A Toscana está localizada na região central da Itália, é formada por várias províncias, entre elas : Florença, Siena, San Gimignano, Pisa, Montepulciano, Lucca, Arezzo e outras.
   Em 2009 eu  estava programando minha viagem a Itália, e assistindo a novela "Passione" inclui no roteiro a região da Toscana.
   Cada pequeno burgo toscano guarda uma identidade própria, e o seu espaço urbano é uma narrativa cativante. San Gimignano, patrimônio da Unesco, tem cerca de 7.000 habitantes. Com as suas catorze torres medievais foi o nosso primeiro destino no passeio pelas suaves colinas da Toscana.


É um burgo completamente murado no perído medieval.


A  principal rua não tem mais que 8 metros de largura.


Passamos por um dos museus da tortura, o museu da morte.


Na praça encontramos restaurantes, sorveterias e uma paisagem que parou no tempo.


    San Geminiano é assim: sobrados de pedra colados uns aos outros e, em volta, colinas e vinhedos. Nada mal. A foto anterior foi tirada no forte do burgo, o ponto mais elevado.


O comércio é bem típico, encontra-se todos os tipos de presuntos, queijos e vinhos.


Aperitivos feitos para apreciar a aparente pacata vida do local.


Os produtos do mercado complemetam o ambiente bucólico de grande valor histórico.


Mas foram as lojas de porcelanas que mais encheram meus olhos. 

   
    As porcelanas típicas da Toscana são lindas, arrependi por não ter comprado uma peça,  no momento fiquei com medo de quebrar na bagagem.


    Quando chegamos no portão de entrada da cidade, nosso guia nos indicou subir até o forte para ver a vista da região, então não dispensamos a dica.

Gravei este vídeo na subida  para o forte.



    No forte havia um músico tocando arpa, ele estva como um complemento do cenário rodeado de oliveiras centenárias, particularmente belo.


A cidadezinha é aconchegante, as flores nas janelas quebram o ar frio medieval. 


    Indico passar ao menos uma noite em San Geminiano, acho que o clima da cidade deve ser muito diferente com as luzes acesas.
    Nosso segundo destino é Siena, a cidade fica 34 Km ao sul de Florença. Foi um povoamento etrusco e depois colônia romana. Nossa primeira visita na cidade foi na Igreja de santa Catarina de Siena, uma pena que não podemos fotografar o local, mas quem conhece a vida de santa Catarina pode enternder o valor da visita a esta igreja. De lá temos uma bela vista da Duomo de Siena.


                                                     

    Segundo a mitologia romana, Siena foi fundada por Sénio, filho de Remo, existem  numerosas estátuas e obras de arte mostrando, tal como em Roma, os irmãos amamentados pela loba. Como na Fonte Gaia, construída entre 1409-1419 e considerada a “rainha das fontes sienenses”, no centro da Piazza del Campo. 

As casas são de tijolo crú e as ruas estreitas e sinuosas.


    Siena rivalizou no campo das artes durante o período medieval até o século XIV com as cidades vizinhas. Porém, devastada em 1348 pela Peste Negra, nunca recuperou o seu esplendor, perdendo também a sua rivalidade interurbana com Florença. A Duomo de Siena em função dos danos econômicos e sociais trazidos pela Peste Negra, ficou inacabada. Uma praça, ocupa o espaço onde deveria ser finalizado o projeto. 


    O exterior e o interior são feitos de mármore preto e branco, as cores simbólicas de Siena, derivadas dos lendários cavalos dos fundadores da cidade, Senius e Aschius.

    O efeito do mármore preto e branco é o que mais marca quem visita a Catedral. O preto e o branco são as cores do brasão de Siena.
                                                                         

    Além de obras de Michelangelo e Rafael, a Duomo se destaca pelos vários  mosaicos no piso representando  histórias bíblicas, ou como este na foto que retrata a roda da fortuna.


    Ao lado esquerdo, fica a biblioteca da catedral, a Biblioteca Piccolomini, decorada no teto e nas paredes, com cenas da época e da vida do próprio abade construtor, Cardeal Enea Silvio Piccolomini, que se tornou o Papa Pio II. Em armários laterais podem ver-se imensos livros de salmos, com riquíssimas iluminuras. 


    Na  Biblioteca Piccolomini: contém preciosas iluminuras e afrescos de Pinturicchio, provavelmente baseados em projetos de Rafael. O efeito visual dos afrescos é impressionante. Os afrescos são cheios de detalhes e cores vívidas. Cada cena é descrita em Latim logo abaixo. 

   
    No meio da Biblioteca está uma famosa estátua chamada A Três Graças, provavelmente uma cópia romana da estátua grega original.

 
    A Piazza del Campo é uma das mais belas praças medievais da Itália. É impossível não ficar impressionado com a sua exótica forma de concha, circundada por antigos palácios, dentre eles, o Palazzo Pubblico, datado de 1297-1342.


    O Palio é uma corrida de cavalos na cidade italiana de Siena que ocorre nos dias 2 de julho e 16 de agosto, desde o século XVII em honra a Nossa Senhora. Dezessete bairros participam desta corrida.  Desfilam pela praça “Piazza del Campo” com trajes tradicionais e bandeiras , mas a corrida em si é feita somente por dez cavalos, cada um de um bairro, de três regiões da cidade que são escolhidos por sorteio. Cada bairro tem suas cores e o hino, ganha o cavalo que chegar primeiro, após três voltas ao redor da praça, mesmo que o jóquei já tenha caído, o prêmio é um estandarte criado exclusivamente para cada evento.


A guia espanhola que nos recebeu em Siena explica o Palio no vídeo.



    Encontrei na praça muitos peregrinos de Santiago de Compostela, a cidade merece uma visita mais tranquila, como eu estava em um grupo, passei apenas uma tarde, e finalizei o tour com o famoso gelato italiano.

Nosso terceiro destino do dia foi Chianti, mas este deixarei para o próximo capítulo.

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